Tinha apenas 10 anos quando se interessou pelo graffiti e começou a pintar (mais a sério) na rua com 13 anos. Primeiro nas paredes e mais tarde em comboios, com amigos ou sozinho. Em Portugal e depois um pouco por toda a Europa. Viajava para ir pintar comboios.
foto daqui |
Começou a perceber que o graffiti vive num círculo fechado de pessoas mas que na rua havia grande potencial de comunicação. Já farto de pintar em paredes ilegais, passou para os posters de publicidade. Pintava-os de branco e escavava as camadas de anúncios acumulados. Experimentou voltar às paredes e esculpi-las também. E foi assim que conquistou o mundo.
Desde os 19 anos que vive em Londres, onde tirou um curso de Belas Artes na St. Martin''s School. Foi lá que começou a ser conhecido, e conseguiu que a sua street art de retratos anónimos em paredes danificadas ou fachadas de casas devolutas lhe valessem o reconhecimento mundial.
Convidaram-no para expor no Cans Festival, evento organizado pelo Banksy e foram surgindo bons convites como a Lazarides Gallery, em Londres e a Studio Cromi, em Itália.
Tem trabalhos espalhados em espaços públicos de várias cidades do mundo como Londres, Moscovo, Nova Iorque, Los Angeles, Grottaglie, Bogotá, Medellín e Cali. Por cá, um pouco por todo o lado, Torres Vedras, Porto, Lisboa (por exemplo na Lx Factory ou na Fábrica do Braço de Prata).
Normalmente é o Alexandre que escolhe o lugar onde crava a sua arte mas também tem recebido convites para fazer intervenções em vários locais.
Acredita que o processo de trabalho é mais importante do que o resultado final e por isso filma todo o processo. "Um dos conceitos fundamentais que exploro reside no ato de destruição enquanto força criativa, um conceito que trouxe do graffiti – um processo de trabalho através da remoção, decomposição ou destruição ligado à sobreposição de camadas históricas e culturais que nos compõem.
Acredito que, de forma simbólica, se removermos algumas destas camadas, deixando outras expostas, podemos trazer ao de cima algo daquilo que deixámos para trás".
Escolhe rostos anónimos baseados em fotografias. Gosta de dar um rosto à cidade e de dar poder a pessoas comuns.
Usa explosivos e martelos pneumáticos para esculpir e dar textura, técnica que tem vindo a desenvolver. Mas não só, também usa lixívia, produtos de limpeza, ácidos corrosivos e café juntamente com os tradicionais sprays, stencils e tintas.
A convite da editora holandesa Lebowski publicou o livro Vhils/Alexandre Farto Selected Works 2005-2010, uma compilação dos seus trabalhos em paredes e suportes como metal ou madeira.
Recentemente esculpiu numa parede de Berlim um retrato da chanceler alemã Ângela Merkel.
É conhecido em todo o mundo como Vhils. Os seus retratos contrastam o novo com o antigo, de forma complexa e ambiciosa mas poética.
Vale a pena ver e ouvir o vídeo em baixo, uma parceria entre Vhils e os Orelha Negra que se juntaram para criar um vídeo para M.I.R.I.A.M. O vídeo foi realizado e editado por Vhils e teve como diretor de fotografia Vasco Viana. Os explosivos foram da responsabilidade da Pirotec. A música é dos Orelha Negra.
alexandrefarto.com
Já tive a oportunidade de ver ao vivo uma das obras que fez com explosivos. É impressionante!!!
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