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06/07/2012

Festival de Humor de Lisboa 2012

Todas as sextas feiras a galeria portuguesa apresenta uma loja, ideia, grupo, evento, marca ou produto, com uma única regra: Tem que ser nacional!
Hoje, a galeria apresenta o The Famous Humour Fest - Festival de Humor de Lisboa 2012.

Começa hoje o The Famous Humour Fest que foi criado em 2011, como comemoração por The Famous Grouse ser o whisky nº 1 da Escócia há mais de 30 anos. Este festival rapidamente se tornou num marco em matéria de humor em Portugal pela sua originalidade, dimensão e diversidade de programação.
Se rir é o melhor remédio, junte-se ao festival que promete gargalhadas em vários géneros, com os melhores cómicos nacionais.

Esta segunda edição do The Famous Humour Fest - Festival de Humor de Lisboa 2012, volta a reunir alguns dos principais humoristas nacionais: Nuno Markl, Herman José, Maria Rueff, César Mourão, Bruno Nogueira, Aldo Lima, Eduardo Madeira, Commedia a la Carte e Manuel Marques, serão alguns dos nomes em destaque.
Nesta segunda edição aposta-se novamente na nova geração de humoristas com a presença de Salvador Martinha e Luís Franco Bastos e também numa noite de Open Mic, onde novos humoristas terão oportunidade de atuar no festival.
Atenção à estreia da The Famous Ladies Night, cinco mulheres em palco para uma noite de stand up.
Tal como no ano anterior, há conferências, workshops em diversas áreas ligadas ao Humor e Cinema, onde se destaca o preview do "Balas e Bolinhos - último capítulo" e a antestreia da comédia "Bernie - Morre e deixa-me em paz" com Jack Black.

The Famous Humour Fest - Festival de Humor de Lisboa 2012
Cinema São Jorge
Dias 6, 7 e 8 de Julho para três dias de bom humor.

08/05/2012

A Livreira Anarquista

Não é uma livreira qualquer. É a Livreira Anarquista que nos presenteia com "Pérolas da Sabedoria Freguesa" (algumas bem sinistras...), de clientes que aparecem na livraria onde trabalha, algures em Portugal. Fá-lo de forma anónima mas confesso que adorava conhecê-la!
A Livreira Anarquista arrecadou o segundo lugar de Blog do Ano 2011 (promovido pelo Aventar).

Aqui publica coisas deste género:








É ou não é hilariante??

livreiranarquista.tumblr.com
facebook

03/05/2012

galeria apresenta Projecto Amelie


O Projecto Amelie espalha mensagens para alegrar o dia de quem as apanha. Livros, cabines telefónicas, sinais de trânsito, semáforos, portas, transportes públicos, caixas multibanco e troncos de árvores são alguns dos sítios onde podemos ser surpreendidos com mensagens assim:






Martim Dornellas iniciou em setembro de 2011 este projeto que é (profundamente) inspirado por Ze Frank. A corrente começou em Lisboa mas já varreu o país todo e até saltou além fronteiras. Paris, Londres e Bruxelas são alguns exemplos.
O Martim diz que são pequenas ações que têm como objectivo mudar o mundo, ou os pequenos mundos em que vivemos. São ações desinteressadas para fazer alguém sorrir, sentir-se melhor, emocionar-se, etc. Qualquer coisa que mude o dia a dia de algumas (mas basta uma) pessoas.

Quem quiser espalhar sorrisos pode fazer download de mensagens aqui. E depois divulgar na página do
facebook.

facebook.com/ProjectoAmelie
projectoamelie.tumblr.com
pinterest.com/projectoamelie


18/04/2012

Os Improváveis

"Os Improváveis" é um espetáculo de Comédia de Improviso, criado em 2008 por Sanne Leijenaar e interpretado por um elenco de atores profissionais, especializados na área do Teatro de Improviso.
Fazem uma abordagem original ao Teatro, através de técnicas de improviso, ainda pouco exploradas em Portugal.


Neste espetáculo não há guiões, não há cenas pré-ensaiadas, não há pre...meditações. Tudo é surpreendentemente original, criado em tempo real, a partir das sugestões do público e de acordo com as regras dos diferentes jogos possíveis.
Os jogos escolhidos para cada espetáculo (existem dezenas de jogos diferentes) e que trazem para palco são autênticos desafios à capacidade dos atores responderem criativamente, no momento, às propostas que são sugeridas pela plateia.
O público participa de forma activa, dando sugestões de locais, personagens, emoções, profissões e situações para os atores improvisarem, mediante as regras de cada jogo. A interatividade é total e resulta na criação conjunta de cenas hilariantes e pouco convencionais.
O público pede, eles fazem. Cada espetáculo dos IMPROVÁVEIS é único e irrepetível!

Neste vídeo, Nuno Markl entrevista dois elementos desta equipa.



Sobre a Associação O Mundo Improviso:
O Mundo Improviso é, desde 2008, uma associação cultural totalmente dedicada ao Teatro de Improviso. Conta com espetáculos regulares "Os Improváveis" e "Peças do Improviso" e é a primeira instituição portuguesa que pesquisa e apresenta em palco Teatro de Improviso na sua versão long-form, com técnicas que o grupo adquiriu e desenvolveu em Chicago (onde tiveram formação e atuaram no Chicago Improv Festival). O elenco conta com profissionais de Teatro, que também colaboram paralelamente com outras companhias profissionais, produtoras de televisão e outras áreas do espetáculo.


Para além disto, animam eventos empresariais, comerciais, criativos, etc., participam em festivais internacionais, fazem co-produções de grandes espetáculos e apostam no desenvolvimento de novos formatos artísticos.
Querem ser uma instituição cultural de referência na área do Improviso.
Esta equipa é constituída por um grupo de  atores residentes, especializados em improviso e de atores ou músicos convidados, como: André Nunes, Pedro Tochas, Pedro Diogo, Ricardo Vilão, Salvador Martinha, Guilherme Fonseca, João Villas-Boas, Daniel Nascimento, Maria Rueff, Inês Castel-Branco ou Luísa Barbosa.


mundoimproviso.com
facebook

Próximos espetáculos:
Qui 19.04.2012 - Os Improváveis! Vinyl (em frente à antiga FIL)
Sex 20.04.2012 - Os Improváveis com... Teatro-Estúdio Mário Viegas
Sex 27.04.2012 - Os Improváveis com... Teatro-Estúdio Mário Viegas

10/04/2012

galeria entrevista Mariana, a Miserável

Terça-feira é dia de entrevista na galeria portuguesa.
Saiba um pouco mais sobre a Mariana, a Miserável.


Mariana, a Miserável, porque é mais fixe que Mariana Santos e porque é uma azarada! Na verdade, o nome vem de uma fanzine que fez há uns anos e decidiu adotá-lo.
Não gosta de biografias mas vale a pena ler a que tem no seu blogue:
Quando era pequena queria ser florista, mas cedo tomou a liberdade de seguir uma vida de "miséria, fossa e rock 'n' roll". Tem feito parte de bizarros triângulos amorosos e de coisas ainda mais quadradas, e quando não acha que é deus, ... acredita que este é um senhor divorciado que não ouve bem. A um passo da queda e a outro do casamento por conveniência, vendeu o seu coração numa loja de souvenirs para pagar a conta da água.
Um dia (talvez uma noite), descobriu que gostava de desenhar coisas estranhas – de desconstruir o mundo para construir outros, não necessariamente melhores, mas que aos seus olhos fizessem mais sentido.
Na origem de tudo o que faz está uma grande compota de estórias de si própria vista à lupa, da vizinha do lado, de gente má como as cobras, de flores que não se cheiram, de amor, de desamor, de despedidas, de bizarrias, de desassossegos, de animais raros ou inexistentes, de finais infelizes ou de finais apenas, de cárdio citologias (seja lá isso o que for) e de homens feios, porcos e maus.
Depois, sentindo que devia partilhar as suas intimidades gráficas com alguém para além da mãe, de opinião sempre suspeita, optou por fazê-lo num blog, onde é visitada por umas quantas pessoas de "mau gosto" e por outras que o fazem por obrigação.
Começou recentemente a comercializar e publicar as suas criações e acredita que mais cedo ou mais tarde vai dominar o mundo.


marianaamiseravel.blogspot.pt
marianaamiseravel.com
flickr.com/photos/marianaamiseravel
society6.com/Marianaamiseravel
facebook


Diz que não sabe desenhar mas entrou no mundo da ilustração. Como?
R: Eu tinha coisas para dizer mas nunca tive jeito para as palavras.

Chora-se muito nas suas ilustrações. Até os gatos choram. Porquê?
R: Obviamente porque acabaram de picar cebola.



Mas a Mariana tem um sentido de humor bem apurado. Deve gostar de rir...
R: De mim, bastante.

É assim tão azarada?
R: Há quem às vezes tenha dias não, eu tenho dias sim.



Não gosta de inaugurações. É tímida?
R: Sou miserável em relações humanas, principalmente em acontecimentos formais, só vou às inaugurações pelos salgadinhos.

Gostava de explorar novos materiais? Quais?
R: Interessa-me explorar novos formatos, primeiro murais e depois prédios.

E em relação aos trabalhos que apresenta, é muito crítica?
R: Tenho um pequeno Salazar na cabeça. Há dias em que tudo o que faço é severamente censurado e escondido em gavetas.



Tem conselhos para quem está a começar agora?
R: Não fiques à espera de convites. Vê o que se tem feito, tem boas ideias, desenha muito, inicia os teus próprios projetos. Apaixona-te por aquilo que fazes.

Já começou a dominar o Mundo?
R: Todos os dias um passinho.


Organiza os seus dias ou trabalha por instinto?
R: Eu tento ser metódica mas às vezes o jeito para desenhar não acorda comigo às 9h da manhã.

Tem projetos para um futuro próximo?
R: Fazer exposições, planear fanzines, escrever uma tese e partir corações.


Para além da ilustração, o que mais gosta de fazer?
R: Tenho um consultório sentimental via facebook.

E, no dia-a-dia, o que menos gosta de fazer?
R: Pagar contas.

Sugira alguém português que, para si, seja inspirador.
R: 99% dos meus heróis são portugueses mas não vou nomear só um porque todos me inspiram de formas diferentes e quero ser um bocadinho de todos eles quando for grande.


06/04/2012

galeria apresenta 1º Festival de Storytelling

Todas as sextas-feiras a galeria portuguesa apresenta uma loja, projeto, ideia, grupo, evento, marca ou produto, com uma única regra: Tem que ser nacional!

Hoje, apresentamos o Festival True Tales.


Grant’s True Tales é o primeiro festival de storytelling do país. Houve, em 2010 e 2011, dois eventos no género mas em modo intimista. Este ano é em grande escala.
Durante dois dias, 10 e 11 de abril, várias personalidades conhecidas do teatro, televisão, rádio, cinema e música vão subir ao palco do Teatro Tivoli para partilhar as suas histórias. Miguel Guilherme será o anfitrião da noite.
O primeiro dia de cartaz é composto por nomes como Ruy de Carvalho, Nuno Markl, Catarina Portas, Zé Pedro dos Xutos & Pontapés e António Pedro Vasconcelos.
No segundo dia do festival vão estar presentes, Luís Filipe Borges, Carlos do Carmo, São José Correia, Rui Reininho e Joana Cruz.
Em cerca de dez minutos, cada um deles vai partilhar uma história com o público, num espetáculo de cerca de duas horas que acaba com uma história contada pelo embaixador do projeto, Miguel Guilherme.
Os relatos são todos verdadeiros, resultantes das experiências de vida de cada um e contados na primeira pessoa.
Na quarta-feira, dia 11, pelas 18.30h, haverá ainda uma conferência com o tema “Storytellers, somos todos”, moderada por Rui Pedro Tendinha e com a presença de João Lourenço, Raquel Marinho, Valter Hugo Mãe e Ana Mesquita. Será uma conversa em torno de histórias que marcaram as vidas de cada um dos participantes. Esta conferência tem entrada livre, limitada aos 50 lugares disponíveis.

facebook.com/grantstruetales

Teatro TivoliAv. Liberdade, 182, 188 - 1250-146 Lisboa
10 e 11 de abril de 2012
Das 21.30 h às 23.30 h
Os bilhetes custam 10€ e podem ser comprados através do site Ticketline ou nos locais de venda habituais.
(Parte das receitas conseguidas será doada à Apoiarte – Casa do Artista, que apoia a formação de novos e acompanhamento de antigos profissionais artísticos).

12/03/2012

Zé Diogo Quintela

O Zé Diogo nasceu em Lisboa em 1977.
É humorista, argumentista e sportinguista.
Estudou nos Salesianos e no Liceu Pedro Nunes. No último ano do secundário foi para os Estados Unidos, através de um programa de intercâmbio de estudantes. Depois, frequentou o curso de Comunicação Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa mas não chegou a concluir a licenciatura. Foi lá que jogou rugby durante algum tempo mas lesionou-se e foi obrigado a parar.


Em televisão foi argumentista das Produções Fictícias, depois passou da escrita para a frente da câmara com O Perfeito Anormal. Seguiu-se o projeto Gato Fedorento, criado com Ricardo Araújo Pereira, Miguel Góis e Tiago Dores, que alcançou uma ascensão meteórica com as séries Fonseca, Meireles, Barbosa, Lopes da Silva, Diz que é uma Espécie de Magazine I e II, Zé Carlos, e Esmiúça os Sufrágios. Foi também júri do programa Portugal Tem Talento, da SIC e ganhou o prémio de melhor improvisação no concurso da RTP Ainda bem que apareceste.


Na imprensa escreveu para o DN, Ideias & Negócios, Inimigo Público, A Bola e O Independente.
Fez stand-up mas sente-se satisfeito por já não fazer, diz que se sentia angustiado antes das atuações.
Atualmente podemos vê-lo em Fora da Box, no canal 54 do MEO. E ler as suas crónicas semanais no Público, que deram origem ao livro Falar é fácil, em 2010. "As melhores crónicas humorísticas de Zé Diogo Quintela (e as piores também, que é para encher)".
É sócio e provador oficial da rede de lojas A Padaria Portuguesa.

08/03/2012

Miguel Esteves Cardoso

No dia internacional da mulher, a galeria portuguesa publica sobre um homem, mas sobre o homem que escreveu isto:
"Só quando os homens chegam a uma certa idade é que podem dizer com certeza que as mulheres são melhores do que eles em tudo - mesmo na bola, a carregar pianos, a lutar com jacarés ou nas outras coisas em que ganhávamos quando éramos mais novos e brutos e fortes.
Quando se é adolescente, desconfia-se que elas são melhores.
Nos vintes, fica-se com a certeza.
Nos trintas, aprende-se a disfarçar.
Nos quarentas, ganha-se juízo e desiste-se.
Nos cinquentas, começa-se a dar graças a Deus que seja assim.
Os homens que discordam são os que não foram capazes de aprender com as mulheres (por exemplo, a serem homenzinhos), por medo ou vaidade ou estupidez.
Geralmente as três coisas.
Desde pequenino, habituei-me que havia sempre pelo menos uma mulher melhor do que eu. Começou logo com a minha linda e maravilhosa mãe, cuja superioridade - que condescendia, por amor, em esconder de vez em quando - tem vindo a revelar-se cada vez mais. As mulheres são melhores e estão fartas de sabê-lo.
Mas, como os gatos, sabem que ganham em esconder a superioridade.
Os desgraçados dos cães, tal como os homens, são tão inseguros e sedentos de aprovação que se deixam treinar.
Resultado: fartam-se de trabalhar e de fazer figuras tristes, nas casas e nas caças e nos circos.
Os gatos, sendo muito mais inteligentes, acrobatas e jeitosos, sabem muito bem que o exibicionismo vai levar à escravatura vil.
Isto não é conversa de engate. É até um tira-tesões. Mas é a verdade. E é bonita."


Miguel Esteves Cardoso nasceu em Lisboa em 1955. É crítico, escritor e jornalista português. Mas é também letrista, tradutor, ensaísta, autor de programas de rádio, dramaturgo, entrevistador e tem um grande sentido de humor.
Teve uma educação privilegiada e foi um aluno brilhante com um talento invulgar para a escrita. Estudou no Reino Unido, mais concretamente na Universidade de Manchester, onde se licenciou em Estudos Políticos, e prosseguiu na mesma universidade para o doutoramento em Filosofia Política com uma tese sobre A Saudade, o Sebastianismo e o Integralismo Lusitano. Em 1982 regressou a Portugal e entrou para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, como investigador auxiliar. Foi ainda professor auxiliar de Sociologia Política no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, co-fundador do Gabinete de Filosofia do Conhecimento, visiting fellow do St. Antony's College, em Oxford, e fez um pós-doutoramento em Filosofia Política, sob orientação de Derek Parfit e de Joseph Raz.
A partir do contacto estreito com as bandas pós-punk e new wave da editora Factory quando esteve no Reino Unido, MEC (como ficou conhecido), escrevia crónicas sobre música pop, publicadas nos jornais Se7e, O Jornal ou Música & Som. Participou na Fundação Atlântica, a primeira editora portuguesa independente, produzindo discos de nomes como Sétima Legião, Xutos e Pontapés, Delfins, Paulo Pedro Gonçalves, Anamar, entre outros. Fez letras de músicas e foi ainda autor e co-autor de diversos programas de rádio como Trópico de Dança, Aqui Rádio Silêncio, W, Dançatlântico e A Escola do Paraíso, todos na Rádio Comercial.
Começou a dedicar-se à crítica literária e cinematográfica e a ser presença assídua na rádio e na televisão. Marcava a diferença pela sua aparência invulgar de jovem intelectual com intervenções imprevisíveis e desconcertantes, irónicas e irreverentes. Tornou-se colaborador do Expresso, onde as suas crónicas satíricas A Causa das Coisas e Os Meus Problemas, conheceram o acompanhamento regular de muitos leitores e o sucesso junto dos jovens.


Monárquico e antieuropeísta convicto, apresentou-se como candidato a deputado ao Parlamento Europeu, em 1987, como independente nas listas do Partido Popular Monárquico, não conseguindo a eleição. Simultaneamente, é incentivado a integrar a Companhia de Teatro de Lisboa, o que o leva à dramaturgia. Publicou então Carne Cor-de-Rosa Encarnada (encenada por Carlos Quevedo), Os Homens (encenado por Graça Lobo) e traduziu várias peças de Samuel Beckett.
Em 1988 fundou, com Paulo Portas, O Independente. Um semanário que pretendia revolucionar o jornalismo português. Foi um contraponto conservador e elitista, mas simultaneamente libertário e culto, à imprensa esquerdista que prevalecia na época. MEC ocupava-se da parte cultural, no destacável Vida e fazia dupla com Paulo Portas em entrevistas a algumas figuras marcantes da política e cultura portuguesa.



Em 1991, deixou a direção d'O Independente para criar a Revista K, projeto que não durou mais que dois anos.  Mas a dedicação à literatura foi-se intensificando, até que acabou por afastá-lo do jornalismo ativo.
O amor é fodido é o título do seu primeiro romance, publicado em 1994 e foi um best-seller.
Na televisão, colaborou com Herman José, como guionista do programa Humor de Perdição e em vários talk-shows, entre eles o popular A Noite da Má-Lingua na SIC, com a moderação de Júlia Pinheiro e na companhia de Manuel Serrão, Rui Zink, Rita Blanco, Alberto Pimenta, Luís Coimbra, Constança Cunha e Sá e Graça Lobo, eram satirizadas figuras e situações da vida pública portuguesa e internacional.
No final dos anos 90, por motivos que nunca revelou, abandonou os ecrãs televisivos. Publicou mais dois romances, A Vida Inteira e O Cemitério de Raparigas e continuou a escrever crónicas em jornais, primeiro n'O Independente, mais tarde no Diário de Notícias. Em 1999, criou também um blogue chamado Pastilhas, que abandonou em 2002.
Em 2006 retomou a sua colaboração com o Expresso. Em 2009 Lançou o livro Em Portugal não se come mal.
"A vida come-se quando é boa; come-nos quando é má. E às vezes, quando menos esperamos, também comemos com ela".

Neste vídeo, Miguel Guilherme lê um texto sobre palavrões, de Miguel Esteves Cardoso.

11/02/2012

galeria apresenta Muro da felicidade

O Muro da felicidade é um projecto de arte urbana que tem como lema, “a arte pode mudar o mundo”, inspirado pelo trabalho do fotógrafo francês JR que em 2011 venceu o Prémio TED (Technology Entertainment Design) com o projeto Inside Out, que desafiava pessoas de todo o mundo a mudarem a sua comunidade através de retratos gigantes expostos em locais públicos.
Joanne Gatefield, Alexandra Dias e Isabel Pinto decidiram contaminar a cidade de Lisboa com um vírus positivo. Querem espalhar "pensamento positivo" tendo em conta os desafios atuais do país. Querem pôr as pessoas a olhar para a frente, com boa energia e, se possível, com uma grande gargalhada. Para isso colaram nas paredes da antiga FIL, na Avenida da Índia, fotografias de grandes dimensões de 138 pessoas a rir, transformando um muro comum da capital num autêntico "Muro da felicidade!".



Durante o Verão, as dinamizadoras do Inside Out Lisboa desafiaram amigos e conhecidos para três sessões de fotografia, realizados pela fotógrafa Isabel Pinto. As imagens foram depois foram enviadas em formato digital para a organização internacional do Inside Out, nos Estados Unidos, que transformou os retratos em posters de 1,20 metros por 90 centímetros.
Algumas pessoas são anónimas, outras são caras conhecidas. Mas todos estes retratos têm em comum a felicidade expressa através do riso.

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08/02/2012

Nilton

O Nilton nasceu em Angola em 1976 e veio para Portugal com quatro anos. Passou a infância e a adolescência em Proença-a-Nova. Quando tinha 17 anos respondeu a um anúncio do Expresso (pediam um disco-jóquei em Albufeira), foi na sua mota e ficou com o emprego. Mais tarde, abriu uma empresa de decoração de interiores.


Desde míudo que tem a veia da escrita bastante apurada. Até coisas sérias, como poesia, embora nunca a deixasse vir à tona com o nome Nilton.
No início dos anos 90 ofereceram-lhe um CD do Robin Williams a fazer stand-up. Ficou fascinado e descobriu o que realmente queria fazer mas o conceito ainda não era conhecido em Portugal e não havia "os youtubes". Viveu frustrado vários anos por não conseguir divulgar o seu trabalho. Vinha a Lisboa entregar os seus vídeos mas não o levavam "a sério". Só começou a atuar em 1997. A Câmara de Portimão deu-lhe um espaço para fazer stand-up uma vez por ano, tradição que ainda se mantém. Seguiu-se outro texto, outro espectáculo... as ideias ganharam forma e em 2000 mudou-se para Lisboa. Entregou uma gravação no Teatro A Barraca, eles gostaram e decidiram apostar. Acabou por ser esta a sua rampa de lançamento. Foi ali que Sérgio Noronha da Rádio Comercial o descobriu. Foi também lá que sentiu a honra de ver na Plateia Raul Solnado e Júlio César. A visita valeu-lhe um convite para uma temporada de 3 meses no Casino Estoril.

"O palco é uma luta de boxe. Tens três segundos em que estás sem levar chapadas do adversário. Três segundos enquanto eles batem palmas. Tens que arrancar logo a seguir. Não há deixas, não há contracena. Estás ali sozinho: és só tu, o micro e a plateia."

Foi pioneiro no conceito de stand-up em Portugal e é esta a sua base de trabalho apesar de fazer outras coisas como televisão, rádio, livros e DVDs.
Gravou em 2002, o primeiro DVD de Stand up Comedy feito em Portugal. “Nilton ao vivo no Teatro Maria Matos”. No ano seguinte foi convidado para o programa da SIC, “Levanta-te e Ri”. O sucesso foi tal que surgiu o convite para criar o seu próprio programa, “K7 Pirata”, onde concretizou o sonho de juntar entrevistas e humor.
Gosta de piadas corrosivas, que puxem os limites. O humor negro é o que o diverte mais e faz sempre uma piada com as piores desgraças. Inspira-se no 'tuga' que há em nós.
Tem noção de que não agrada a toda a gente. Já ouviu ameaças de morte e há pessoas que lhe querem bater. Já lhe chamaram todos os nomes possíveis e imaginários mas gosta de arriscar e experimentar coisas diferentes. Faz as coisas em primeiro lugar para se rir. Não tem o hábito de dizer asneiras e tenta não ofender.
Só dorme quatro horas por noite, é viciado em trabalho. Trabalha todos os dias, até ao fim de semana. Tem o cérebro sempre ligado, aponta piadas enquanto lê ou vê televisão.
É também distraído, não bebe café, não toma drogas e não fuma, "sou um totó".
Adorava ficar em casa só a escrever. Vivia feliz.

facebook.com/niltoncomedy