03/01/2012

galeria entrevista Joana Nogueira

Terça-feira é dia de entrevista na galeria portuguesa.
Saiba um pouco mais sobre a Joana Nogueira.

A galeria portuguesa lançou o desafio (Eu devia estar aqui) e a Joana aproveitou. Enviou um e-mail e apresentou o seu trabalho. Parabéns!


A Joana tem 22 anos e é licenciada em Artes Plásticas pela ESAD das Caldas da Rainha, onde percorreu várias áreas como a gravura, a pintura e a fotografia.
Quando terminou o curso deu aulas durante 2 anos, em simultâneo desenvolveu um projeto chamado The Punpis Family. Uma família de monstros amistosos, personagens que criou e que surgiram por brincadeira, no Natal de 2009, quando fazia um presente para o namorado. Depois foram surgindo novas ideias, novas personagens, o nome da família e várias notas escritas com pequenos detalhes sobre cada um deles. O projeto passa, entre outras coisas, por telas, acessórios de moda, objetos de decoração, apontamentos para livros e ilustrações de histórias.

joananogueira.carbonmade.com
filterfoundry.com/Joananogueira


The Punpis Family é uma família de monstros. Fale-nos um pouco sobre esta família.
Esta família nasceu de uma brincadeira... mas a brincadeira foi crescendo e dando origem a outras criaturas. Comecei apenas por desenhos e apontamentos, depois passei a utilizá-las na pintura, talvez porque era a técnica mais familiar que trouxe das artes plásticas. Mas neste momento ultrapassaram a barreira da pintura, e as personagens cresceram noutros sentidos: objectos de decoração, acessórios...


Deu aulas durante dois anos. Os seus alunos conheceram o seu projeto? Como reagiram?
Sim! Os meus alunos do secundário conheciam o projeto e acompanhavam no facebook... Quando eu publicava algo de novo que tinha feito, algumas alunas no dia seguinte... pediam para ensinar a fazer: «Stora, eu gosto é daqueles bonecos que a stora faz! Podia-nos ensinar!!»

As crianças gostam destes monstros?
Os Punpis surgiram sem pensar num publico específico, mas à medida que o tempo passa e que as personagens são divulgadas e comercializadas reparo que há peças mais específicas para as crianças. Os pais gostam de lhes oferecer... e elas parecem gostar muito de as receber!


Onde estão à venda?
Neste momento estão à venda em várias lojas de peças de autor em Portugal - Porto, Póvoa do Varzim, Coimbra, Lisboa e Vilamoura - e em Espanha - Barcelona.
E claro... através da internet: no facebook as pessoas entram directamente em contacto comigo e compram as peças disponíveis ou encomendam algo em especial... mas também estão divulgados em dois sites: joananogueira.carbonmade.com e em filterfoundry.com/Joananogueira.
Muito recentemente criei um site de vendas pelas internet, mas que ainda se encontra em construção...
Aproveito para divulgar também, que neste momento estão à venda na Praia de Moledo (Viana do Castelo), numa exposição que está patente até ao final do mês de Dezembro. Sei que para a maioria não é possível visitar, mas deixo a sugestão para aqueles/as que o conseguirem fazer.

E quem é que os costuma comprar?
Posso dizer que tanto uma miúda da minha idade os compra como um senhor reformado.
Não compram os dois a mesma peça: a ''miúda'' compra um colar e o ''senhor reformado'' compra um candeeiro.
E é essa diversidade de peças que procuro fazer para que ninguém se sinta discriminado :)


Que sonhos tem para esta família de monstros?
Tenho muitas ideias para por em prática... mas sonho seria vê-los em stopmotion! ... algo que irei fazer quando disser ''É Hoje!''

Pensa em voltar a dar aulas?
Estive dois anos a dar aulas... e gostei da experiência! Este ano não se proporcionou e dedico-me a tempo inteiro aos Punpis, mas não digo que não voltarei para uma escola.

Organiza os seus dias ou trabalha por instinto?
Penso que quando conciliava este trabalho com as aulas conseguia ser mais organizada... uma vez que o tempo que tinha para me dedicar a eles era escasso. Hoje em dia programo dia-a-dia, o que vou fazer amanhã e depois de amanhã e depois e depois... a verdade é que há sempre algo que ficou de ontem para hoje, e amanhã penso em algo novo para fazer que toma o lugar daquilo que já estava destinado...


Tem projetos para um futuro próximo?
Tenho projetos... Continuar a trabalhar estas personagens e levá-las mais além: ilustrar contos, transformá-las em mascotes, passar para a animação...
Um outro projeto é de fazer uma (longa) pausa, pegar na mochila e na máquina fotográfica, e viajar pelo mundo sem pressas. Tenho muita vontade de conhecer dois pontos opostos: a Índia e a América do Sul. 

Para além das artes plásticas, o que mais gosta de fazer?
Adoro fotografia! Sou capaz acordar e entrar num laboratório de fotografia... ficar por ali ''às escuras''... e quando dou conta, o dia também escureceu.
Gosto muito de fotografia analógica, embora ultimamente utilize mais a minha câmara digital. A verdade é que os custos não se comparam, e desde que voltei para Moledo ainda não encontrei um laboratório de fotografia onde possa trabalhar. Se por acaso alguém souber ou tiver um local disponível eu estou completamente interessada!
E depois gosto daqueles momentos que toda a gente gosta: ir a praia e brincar com o cão, passear ao fim da tarde, ver um filme debaixo dos lençóis a comer pipocas...

E, no dia-a-dia, o que menos gosta de fazer?
A parte mais difícil do meu dia é mesmo o início. Eu adoro dormir!

Sugira alguém português que, para si, seja inspirador.
Na verdade inspiro-me em lugares que visito ao acaso, em pessoas que encontro na rua... É assim que as minhas ideias vão surgindo.

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