20/05/2012

Resumo da semana :: 26

Domingo é dia de resumo.
Esta semana a galeria portuguesa apresentou a ‘Affaire Jewellery, a Pura Cal e a banda portuguesa Lissabon.
Ainda agradeceu a todos os entrevistados até à data. Venham mais 30!
Aproveite para ver ou rever.

A galeria portuguesa vai encerrar para férias e regressa daqui a duas semanas com novidades. Até Junho.


18/05/2012

galeria apresenta Lissabon

Todas as sextas feiras a galeria portuguesa apresenta uma loja, ideia, grupo, evento, marca ou produto, com uma única regra: Tem que ser nacional!


Hoje, a galeria apresenta os Lissabon.


Os Lissabon já tinham sido mencionados na galeria portuguesa, numa entrevista a um dos elementos da banda, a Inês. Na altura o primeiro álbum ainda estava para sair.
Estão juntos desde 2010. Um rapaz e uma rapariga. Outra rapariga e um rapaz.
Depois do EP de apresentação lançaram no final de abril o primeiro álbum If It's Only Just a Dream... Um disco composto por sonoridades que vão desde "o psicadélico dos anos 70, aos synths dos anos 80 e a pop mais contemporânea".

Quem quiser ver os Lissabon ao vivo pode ir até Telheiras no dia 22 de Maio, ao Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro.
Aqui há um passatempo onde oferecem convites duplos.

www.lissabonmusic.com
facebook.com/lissabonmusic


E deixo-vos com o vídeo Wake Up. Bom fim-de-semana!

16/05/2012

galeria apresenta Pura Cal



A Pura Cal é uma empresa de design, interiores e arquitetura mas que também oferece serviços de restauro e redesign.
Nasceu da paixão pelo espaço e pelos objetos e da conjugação dos conceitos de Tempo, Pureza, Homem, e Natureza.
Oferecem espaços únicos e diferenciados, incrementando a funcionalidade, o conforto e o bem-estar. Aliando o design, a tradição, a qualidade e a inovação.
A Pura Cal dispõe de uma eclética gama de objetos para interiores para corresponder às necessidades mais exigentes de espaços e ambientes. Clássicos, vintage, re(use) ou originais.





Fazem réplicas das mais significativas criações de Design de equipamento que pelas suas características se tornaram ícones. Produzidas segundo rigorosos critérios de fiabilidade e qualidade, em materiais nobres e com uma excelente relação qualidade/preço.



Recentemente lançaram um projeto chamado Almofadas Mosaico, inspiradas nos tradicionais mosaicos hidráulicos portugueses. Disponíveis em inúmeros modelos e versos de várias cores. São integralmente produzidas em Portugal. Design by Pura Cal.




puracal.blogspot.pt
facebook.com/PuraCal

15/05/2012

30 entrevistas na galeria portuguesa

E fizemos 30 entrevistas na galeria portuguesa, a pessoas inspiradas e inspiradoras que têm algo a acrescentar ao panorama nacional.
A todos, muito obrigada pela disponibilidade e simpatia com que participaram neste projeto. E venham mais 30!

Margarida Teixeira


Joana Cabral, produtora de televisão que faz muitas outras coisas fabulosas.
Paulo Galindro, arquiteto e ilustrador que aqui provou que também escreve muito bem.
Inês Nogueira, designer que transforma qualquer tecido numa coisa extraordinária.
Isabel Minhós Martins, habitante do Planeta Tangerina, autora de livros geniais.
Mónica Pinto, entre Pratos & Travessas delicia-nos com receitas e fotografias.
Rita Pinheiro e as suas bonecas irresistíveis, Matilde Beldroega.
Ana Salomé, que afinal não tem monstros debaixo da cama!
Mami Pereira, a sensacional Arqueologista.
Beatriz Afonso, que quando for grande quer ser stylist.
Joana Nogueira e a sua The Punpis Family.
Ana Ventura, tem "jardins na cabeça" e muita criatividade.
Sara Bernardo, fotógrafa com projetos comoventes.
Rita Cordeiro, que criou as incríveis wooler e cooler.
José Cabral, o famoso Alfaiate Lisboeta.
Inês Vicente, de Lisboa e dos Lissabon.
Evelina Oliveira, ilustradora, pintora, professora...e aluna.
Lara Luís, de olhos abertos.
Alice Bernardo com a noussnouss e o projeto saber fazer.
Liliana Alves e as suas jóias versáteis.
Sílvia Silva, uma rapariga como nós!
Valter Varandas, fotógrafo que também gosta de escrever.
Rita Rodrigues e a Made in Paper.
Diana Coelho e as suas peças coloridas.
Rita Balixa, ilustradora e apaixonada por colagens.
Pedro Gomes, designer e cidadão do Mundo.
Bernardo Carvalho, editor e ilustrador. Até agora, o mais rápido a responder!
Mariana, a Miserável (ou não...)
Joana Ribeiro, criadora de jóias com uma costela de planeadora de eventos.
Joana Rosa Bragança, ilustradora entre borbotos e barbelas (e gatos!).
Rosa Pomar e os seus tecidos e projetos envolventes.

14/05/2012

galeria apresenta ‘AFFAIRE Jewellery

A ‘AFFAIRE Jewellery é uma jovem marca portuguesa. Uma marca que se dedica à criação de jóias para um segmento com um estilo de vida altamente luxuoso. Procuram surpreender continuamente connoisseurs através de coleções alternativas de look distinto e único.
Combinam a porcelana com materiais preciosos como o ouro, ouro branco e, em algumas coleções, pedras preciosas como os diamantes, aliado a técnicas tradicionais de produção e inovações desenvolvidas pela marca. Cada jóia é única, realizada artesanalmente e dotada de uma excelente qualidade.
Ainda com pouca história de vida, a ‘AFFAIRE Jewellery procura o seu crescimento no mercado, nomeadamente através da sua divulgação não só a nível nacional como a nível internacional.

www.affairejewellery.com
facebook.com/Affaire.Jewellery.of.Desire

Aqui ficam algumas coleções.

Pearls
Uma coleção delicada, onde cada pérola é produzida manualmente e envolvida por um fino fio de ouro. Revisita a elegância e o glamour feminino da década de 20.

Ouro amarelo
porcelana de Limoges

Golden Winter
Um símbolo das flapper’s dos anos 20, o longo colar de pérolas foi o acessório de moda da época, perfeito para inspirar o design da Golden Winter. Decorado com flores douradas meticulosamente pintadas à mão.

Ouro amarelo
Porcelana de Limoges branca
Tinta de ouro

Royal cobalt
Cada pérola azul capta o verdadeiro espírito clássico de uma jóia Belaspekta. Uma jóia de prestígio, trabalhada por mãos experientes e vidrada com uma cor nobre, projetada para uma rainha contemporânea.

Ouro amarelo
porcelana de Limoges azul cobalto

Vintage Noir
Uma declaração forte para uma vida urbana cheia de atitude e sofisticação, com um toque de glamour.

Ouro branco
Porcelana de Limoges preta
Diamantes

Cities of desire
Esta pulseira é composta por cinco peças que correspondem a cinco cidades internacionais diferentes, evocando as capitais da moda no mundo.
Cities of Desire define uma mulher cosmopolita cujo coração está onde está a moda!
Ouro amarelo escovado
porcelana de Limoges


Lojas
Palácio das Artes
Largo de São Domingos nº 19 e 21
4050 - 545 Porto

Palácio de Belém
Praça Afonso de Albuquerque
1349 - 022 Lisboa

Alcino Store
Praça da Liberdade nº25
4000 - 322 Porto

13/05/2012

09/05/2012

Sérgio Godinho e as 40 ilustrações

Sérgio Godinho faz 40 anos de carreira. Parabéns!
Para os comemorar escolheu 40 letras de canções de uma vida dedicada à música para que fossem ilustradas por 40 artistas portugueses. Letras e ilustrações foram reunidas num livro Sérgio Godinho e as 40 ilustrações, uma edição da Abysmo.
Estão lá Lisboa que amanhece, Etelvina, Balada da Rita, Arranja-me um emprego, Com um brilhozinho nos olhos, O elixir da eterna juventude, Em dias consecutivos e também Sopro do coração, que Sérgio Godinho escreveu para os Clã.
Os ilustradores foram escolhidos por João Paulo Cotrim, editor da Abysmo. O resultado final apresenta ilustrações inéditas feitas em carvão, digital, colagem, técnica mista ou com a tecnologia de um iPhone.
O livro foi apresentado na Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa, numa sessão em que Sérgio Godinho recebeu uma medalha de honra atribuída pela SPA.

"Ilustrada a música destas quarenta maneiras, percebo agora melhor o que dizem as palavras e os sons", escreveu Sérgio Godinho no texto introdutório do livro.


A Exposição Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações está neste momento e até dia 20 de Maio em Viana do Castelo (Antigos Paços do Concelho).
Sérgio Godinho estará presente na Exposição, para uma sessão de autógrafos, no dia 12 de Maio.

Dia 13 de Maio, às 15h, há sessão de autógrafos no Pavilhão Rosa Mota (II Porto Book Stock Fair).

08/05/2012

A Livreira Anarquista

Não é uma livreira qualquer. É a Livreira Anarquista que nos presenteia com "Pérolas da Sabedoria Freguesa" (algumas bem sinistras...), de clientes que aparecem na livraria onde trabalha, algures em Portugal. Fá-lo de forma anónima mas confesso que adorava conhecê-la!
A Livreira Anarquista arrecadou o segundo lugar de Blog do Ano 2011 (promovido pelo Aventar).

Aqui publica coisas deste género:








É ou não é hilariante??

livreiranarquista.tumblr.com
facebook

06/05/2012

Resumo da semana :: 24

Domingo é dia de resumo.
Esta semana, a galeria portuguesa apresentou a Loja da Universidade e o Projecto Amelie.
E entrevistou a Rosa Pomar.

Aproveite para ver ou rever.

04/05/2012

galeria apresenta Loja da Universidade

Todas as sextas feiras a galeria portuguesa apresenta uma loja, ideia, grupo, evento, marca ou produto, com uma única regra: Tem que ser nacional!

Hoje, apresentamos a Loja da Universidade.

A Loja da Universidade é uma marca detida pela RUIVA, S.A. que nasceu do espírito empreendedor de duas pessoas que pretendiam mudar de vida após 10 anos de trabalho numa empresa multinacional. Decidiram apostar, entre outras coisas, no negócio de Licenciamento Universitário e criaram a marca Loja da Universidade.
O objetivo é oferecer aos alunos universitários, docentes e alumni uma linha de merchandising universitário, Made in Portugal, que irá vender t-shirts, hoodies, zip hoodies, uniformes desportivos e artigos de papelaria. Todos os artigos à venda na Loja da Universidade têm o carimbo da Universidade respetiva, ao bom estilo americano.
A Universidade NOVA já aderiu ao projeto mas a marca pretende assinar contratos de licenciamento com outras Universidades, investindo sozinha no branding, design, produção, marketing e distribuição da nova marca, e pagando royalties à Universidade por cada artigo vendido. Os royalties ganhos pelas Universidades tornam-se assim numa forma criativa de angariar financiamento para bolsas de estudo, serviços de ação social, num projecto com investimento zero por parte da Universidade.


A Loja da Universidade aposta e acredita no trabalho produzido em Portugal para a criação dos seus artigos de merchandising: acredita na capacidade dos jovens designers portugueses para o desenho das suas coleções, assim como nos pequenos produtores e nas suas fábricas de confeção têxtil. Acima de tudo, a Loja da Universidade apoia a produção nacional em todas as suas vertentes, desde a capacidade criativa à produção e distribuição.

www.lojadauniversidade.com
facebook.com/lojadauniversidade


03/05/2012

galeria apresenta Projecto Amelie


O Projecto Amelie espalha mensagens para alegrar o dia de quem as apanha. Livros, cabines telefónicas, sinais de trânsito, semáforos, portas, transportes públicos, caixas multibanco e troncos de árvores são alguns dos sítios onde podemos ser surpreendidos com mensagens assim:






Martim Dornellas iniciou em setembro de 2011 este projeto que é (profundamente) inspirado por Ze Frank. A corrente começou em Lisboa mas já varreu o país todo e até saltou além fronteiras. Paris, Londres e Bruxelas são alguns exemplos.
O Martim diz que são pequenas ações que têm como objectivo mudar o mundo, ou os pequenos mundos em que vivemos. São ações desinteressadas para fazer alguém sorrir, sentir-se melhor, emocionar-se, etc. Qualquer coisa que mude o dia a dia de algumas (mas basta uma) pessoas.

Quem quiser espalhar sorrisos pode fazer download de mensagens aqui. E depois divulgar na página do
facebook.

facebook.com/ProjectoAmelie
projectoamelie.tumblr.com
pinterest.com/projectoamelie


01/05/2012

galeria entrevista Rosa Pomar

Terça-feira é dia de entrevista na galeria portuguesa.
Saiba um pouco mais sobre a Rosa Pomar.


Foi sobre a Rosa que escrevi o primeiro post da galeria portuguesa. Não foi por acaso. É verdadeiramente inspirada e inspiradora. Leiam a entrevista.

Nasceu em 1975, tem duas filhas e mora em Lisboa.
Não terminou a tese de mestrado em História Medieval que estava a preparar enquanto estudava Ilustração no Ar.Co mas não desistiu de voltar a ela um dia.
Trabalha muitas horas por dia mas não sabe o que responder quando lhe perguntam que profissão tem. "Mãe blogger que faz bonecos e outras coisas de pano" seria o mais acertado.
Foi bus-lady de um colégio chique e bolseira de investigação científica, deu aulas e fez produção de exposições.
Viveu dois anos no campo e três meses em Nova Iorque, foi aqui que nasceu o seu blogue, em 2001, chamado @ny que mais tarde passou a chamar-se A Ervilha Cor de Rosa.
Desde que se lembra que gosta de coser, tricotar, bordar e tecer. Os bonecos nasceram em 2004, depois da maternidade. Partilhou no seu blogue o primeiro boneco, e o segundo, e o terceiro, e recebeu emails e comentários de incentivo que mudaram a sua vida. Não há dois bonecos iguais. Cada um é decorado à mão com veludo de lã e galões bordados antigos que coleciona há muitos anos, e todos têm uma etiqueta de pano única e numerada.
Depois dos bonecos apareceram as mantas, sacos, pires de pano e muitas outras coisas, como por exemplo os slings (porta-bebés) que nasceram com a sua filha mais nova. Fez um e depois outro e em pouco tempo estava a receber encomendas. Todos os slings são reversíveis e distinguem-se pelos tecidos que usa – sobretudo tecidos tipicamente portugueses, tecidos africanos e alguns outros, escolhidos a dedo, de que gosta particularmente.
Seguiu-se a retrosaria on-line e depois a loja própria. A Retrosaria está na Rua do Loreto, 61 - 2.º Dto, em Lisboa, de Terça a Sábado das 10 às 19h.
A Rosa continua a investigar a cultura popular e publica posts sobre a história têxtil. Nos Açores nasceu a Lã em tempo real, um projeto a ganhar forma no cruzamento do seu trabalho com o do realizador Tiago Pereira.

aervilhacorderosa.com
retrosaria.rosapomar.com
rosapomar.com


Começou o seu blogue em 2001. Com que propósito é que o criou?
R: Em 2001 o universo dos blogs era totalmente diferente do que é hoje. Tinha uma página pessoal associada ao meu primeiro site, o Páginas de História, e cada vez que queria atualizar essa página tinha de re-editar o código html. Quando descobri essa coisa nova chamada blog quis logo experimentar. Isso coincidiu com uma estadia de alguns meses em Nova Iorque, pelo que o blog começou por funcionar como um diário de viagem.


Em que altura é que percebeu que tinha uma legião de fãs a segui-la?
R. Bem, legião não sei se diria... A Ervilha Cor de Rosa começou a ter bastante visibilidade a partir de 2004, quando comecei a vender os primeiros bonecos de pano. Isso coincidiu com o primeiro boom da blogosfera em Portugal.

A verdade é que inspirou muita gente a descobrir os seus talentos e a trabalhar de casa. Sente-se orgulhosa?
R: É sempre bom encontrar posts alheios que dizem comecei o meu blog depois de ter visto a Ervilha Cor de Rosa. Sobretudo quando quem escreve não só assume essa inspiração como desenvolveu um trabalho com identidade própria. Sei que há uma espécie de geração de bloggers que de certa forma nasceram da Ervilha Cor de Rosa, da mesma forma que eu tive a Mariana Newlands ou a Claire Robertson como referências iniciais. É como se o blog tivesse sido em grande medida a porta de entrada do fenómeno dos crafts em Portugal, fenómeno esse que depois ganhou autonomia, claro, e mil e uma ramificações, da multiplicação de mercados do chamado artesanato urbano ao saudável reflorescer das pequenas retrosarias um pouco por todo o país.


Os seus bonecos, chamam-se só bonecos. Nunca lhes deu um nome. Porquê?
R: Sempre achei que era condicioná-los demasiado à partida. Os bonecos que me atraem mais, sejam tradicionais ou industriais, são sempre os mais simples, sem expressões ou feições muito marcadas, aos quais é possível atribuir durante a brincadeira diferentes personalidades ou estados de espírito.

A Rosa é provavelmente uma das pessoas mais plagiadas da blogosfera. isso incomoda-a?
R: Claro. Com o tempo fui percebendo que a maioria das pessoas que o faziam tinham um perfil semelhante: eram pessoas com muito pouca ou nenhuma experiência, pouquíssimas referências e, naturalmente, nenhum sentido de ética. Em geral as situações evoluíam de uma de duas maneiras possíveis: ou desistiam porque fazer bem dá efectivamente trabalho e porque os plágios são facilmente reconhecíveis (a net é este pau de dois bicos, em que, por um lado, as pessoas estão muito vulneráveis a serem copiadas mas, por outro, quem copia é facilmente denunciado), ou o trabalho acabava por um salto qualitativo: da cópia ou inspiração abusiva várias pessoas evoluíram positivamente para um trabalho com personalidade própria. Hoje em dia aborreço-me sobretudo com as pessoas que constroem percursos decalcados de ideias e conceitos que vão buscar à Ervilha Cor de Rosa, mas a minha atitude continua a ser a mesma: antes ser copiado do que copiar. Por outro lado, há situações em que a cópia se torna tendência e que isso tem um lado curioso ou mesmo positivo, como aconteceu por exemplo com as séries de fotografias de mosaico hidráulico (e também azulejo) que fui publicando ao longo dos anos no blog. Estas imagens, que foram sendo destacadas em vários sites nacionais e estrangeiros, funcionaram como uma espécie de meme e foi-se tornando cada vez mais comum encontrar fotografias tiradas da mesma forma, com o mesmo ângulo e pormenores, em diversos blogs. O lado mais positivo disto prende-se com o feedback que tenho recebido de várias pessoas que nunca tinham reparado ou valorizado este tipo de pavimento e passaram a olhar para ele de outra maneira, preservando ou restaurando o das suas casas em vez de o substituírem.


Mostra muitas vezes coisas antigas que tem guardadas. É daquelas pessoas que guarda tudo?
R: Já fui muito mais. Às vezes fotografar as coisas permite-me libertar-me delas e ficar só com as imagens. Mas é verdade que tenho uma quantidade de tecidos antigos acumulada maior do que é verosímil que venha a conseguir coser nos próximos tempos.


Continua a querer voltar à História Medieval ou já faz parte do passado?
R: Não creio que volte a fazer investigação concretamente em História Medieval, mas as ferramentas e conhecimento que trouxe dos anos que dediquei à investigação em História sempre me foram úteis e ainda mais nos últimos anos, em que me tenho dedicado cada vez mais ao levantamento e estudo das práticas tradicionais em torno dos têxteis portugueses.


Estudou ilustração. Gostava de fazer ilustrações de livros infantis?
R: Já há muitos anos que não me ocorre fazê-lo, mas houve uma altura em que pensava nisso. Julgo que nunca seria uma ilustradora mesmo mesmo boa, por isso prefiro apreciar o trabalho dos que o são.


O seu trabalho é apreciado e elogiado em todo o lado. E já conseguiu conquistar muita coisa. Ainda vibra com pequenas vitórias profissionais?
R: Claro! Quando deixar de vibrar é sinal de que tenho de mudar de ramo. Nunca trabalhei senão no que gosto e faço questão de que continue sempre a ser assim.

Vem de uma família de "mãos de fada". As suas filhas também lhe seguem as pisadas?
R: A minha filha mais velha adora coser à máquina. Aprendeu com sete anos, num dia de férias em que a "abandonei" com a máquina e um cesto de retalhos depois de uns minutos em que lhe expliquei basicamente o que é que tinha de fazer para garantir que não se magoava. A mais nova passou o ano a fazer tricot com os dedos... As crianças absorvem sempre com facilidade aquilo que as rodeia, como eu aprendi com as pessoas à minha volta. Se esse interesse se mantém ou desvanece é que nunca se pode prever.



A Rosa faz mil e uma coisas. Em casa descontrai ou está sempre a trabalhar?
R: Muitas vezes descontraio a trabalhar. O que é cansativo são as obrigações, burocracias e tarefas repetitivas, não o trabalho criativo ou a concretização de um projeto que se quer levar a bom porto.

Organiza os seus dias ou trabalha por instinto?
R: O trabalho da Retrosaria exige organização, mas em geral trabalho avançando com os projetos que tenho em curso consoante a minha motivação, sem pensar se é domingo ou terça-feira.



Tem projetos para um futuro próximo?
R: O mais premente neste momento é a conclusão de um livro sobre história e técnica das malhas em Portugal, que estou a escrever.

Para além da sua atividade profissional, o que mais gosta de fazer?
R: A maior parte das coisas enquadram-se mais ou menos diretamente no que considero que é o meu trabalho. Vou daqui a uns dias para Miranda do Douro acompanhar um workshop organizado por uma associação local dedicado ao ciclo da lã. Vão ser dias de trabalho intenso a fazer o que mais gosto, não se pode pedir mais.

E, no dia-a-dia, o que menos gosta de fazer?
R. Resolver problemas burocráticos e gastar tempo com tarefas domésticas.

Sugira alguém português que, para si, seja inspirador.
R: Tiago Pereira.