13/02/2012

Rita Redshoes

Chama-se Rita Pereira, é de Loures e nasceu em 1981.
É cantora, compositora e toca vários instrumentos. Foi estudante do ISPA e da Escola Superior de Música do Instituto Politécnico de Lisboa.


Em pequena tocava, cantava e fazia grandes performances para a família. A certa altura, achou que queria ser bailarina e estudou ballet durante oito anos. Até que o irmão comprou uma bateria e sempre que ele não estava em casa a Rita tocava. Começa aqui a sua ligação mais séria com a música, ainda na escola secundária como baterista do grupo de Teatro Ita Vero. Percebeu que havia ali algo que podia explorar, mesmo não sabendo como. Mais tarde, num ensaio da banda do irmão, Atomic Bees, o vocalista faltou. Como sabia as músicas todas de cor, a Rita substituiu-o. E foi ficando. Decidiu ir estudar música e foi para a Escola Superior de Música do Instituto Politécnico de Lisboa. Mas confessa que nunca conseguiu acompanhar o ritmo. Diz que o ensino era demasiado fechado para quem vinha da pop, um universo mais livre e na sua opinião com mais piada. Sentiu um choque de linguagens, como se estivessem a formatá-la. Musicalmente, foi um processo muito produtivo, porque compôs imenso nessa altura, mas também muito conturbado. Fez a sua escolha e desistiu da Escola Superior de Música. Viu-se obrigada a optar por outro caminho mas nunca largou a ideia de trabalhar na música. Não via futuro à sua frente e ficou deprimida o que a levou à psicoterapia. Apaixonou-se pelo processo e aos 21 anos, depois de ter tirado um pequeno curso de marketing musical, entrou no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA).
Entretanto teve a sorte de o David Fonseca ter ouvido o disco da banda do irmão. Gostou e convidou-a para integrar a banda do seu projeto a solo. Tornou-se assim a teclista de serviço na banda de suporte de David Fonseca.
Foi também uma das finalistas do concurso Jovens Criadores, tocando baixo no projeto Rebel Red Dog, e tocou piano e cantou no projeto Photographs.


Dream on Girl, uma música que a Rita tinha gravado em casa e colocado no MySpace, começa a ganhar notoriedade e algum destaque em rádios como a RADAR (foi nomeada para Canção do Ano). A partir daqui estava lançada e em 2008 lançou o seu primeiro álbum a solo chamado Golden Era.
Associou-se à campanha Fashion Targets Breast Cancer, cedendo a sua música Choose Love para banda sonora. Foi também madrinha da campanha de criação de um Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa.
Lights & Darks, o seu segundo álbum, foi lançado em 2010 e teve direito a uma reedição muito especial, um ano depois. Esta reedição tinha para além além do disco um DVD, Into Lights & Darks, com um documentário realizado por Rita Redshoes, a desvendar todo o processo criativo do disco, desconstruindo as canções, influências, abrindo as portas ao imaginário das suas músicas. Este DVD inclui também excertos do concerto na Aula Magna e alguns vídeos (incluindo o dueto com The Legendary Tiger Man em Fever).

foto de José Sena Goulão
Os sapatos vermelhos vêm do imaginário do Feiticeiro de Oz, algo ingénuo e sonhador e com o lado mais feminino e sexy e um bocadinho rock n’roll. No fundo alguém que age como uma mulher mas depois chora como uma menina.
A Rita é também a porta-voz da Associação Fonográfica Portuguesa no combate à pirataria na Internet.
Vai atuar em Lisboa no Teatro Municipal São Luiz a 8 de Março.

ritaredshoes.com

"As canções são fragmentos de mim, de coisas que eu penso sobre o amor, são influenciadas pelo que eu vejo, não tanto pela música, mas por imagens, por filmes. Tenho muitas imagens gravadas na minha cabeça e tudo isso me influencia".

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