04/01/2012

Eduardo Gageiro

Eduardo Gageiro nasceu em 1935 em Sacavém. Foi paquete e empregado de escritório na antiga Fábrica da Loiça e foi lá que aprendeu a fotografar. Captava imagens dos operários, à saída da fábrica, com uma máquina de plástico emprestada pelo irmão, que ainda guarda de recordação. Tentava registar os rostos, os olhares e as expressões de toda essa miséria social.

foto de pedro soares
 O “Diário de Notícias” publicou a sua primeira fotografia quando tinha apenas 12 anos.
Foi sempre um autodidata. Desde cedo conseguiu registar os momentos certos, nas alturas certas, com evidente qualidade. Marcou a diferença e rompeu com o socialmente instituído. Alcançou reconhecimento nacional e internacional.
Já recebeu mais de 300 prémios em todo o mundo. O primeiro foi num concurso do Sindicato dos Empregados de Escritório do Distrito de Lisboa, em 1955.


Iniciou-se no fotojornalismo numa revista de Vila Franca de Xira, depois foi trabalhar para o “Diário Ilustrado”. Passou pelas publicações “O Século Ilustrado”, “Eva”, “Almanaque” e “Match Magazine”. Foi editor da revista “Sábado” e colaborou com a delegação portuguesa da Associated Press e a Companhia Nacional de Bailado. Foi fotógrafo oficial, pela Presidência da República durante os mandatos do general Ramalho Eanes. Sobre isso diz que “Era um trabalho de bate chapas" mas necessário do ponto de vista financeiro.
Foi ele que deu a conhecer ao mundo os acontecimentos dos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique. A registar momentos marcantes da Revolução de 25 de Abril, como aquele em que, na sede da PIDE, um soldado retira a fotografia de Salazar.


Eduardo Gageiro já fotografou em todo o mundo. Timor e Cuba tiveram um significado especial. Foi recebido por Fidel Castro e fotografou sem grandes restrições.
A arte de fotografar será sempre a paixão da sua vida.



Até 7 de Janeiro estará presente no Museu Casa da Luz no Funchal uma exposição sua "Lisboa, as pessoas, o seu olhar e a sua Alma".

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